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vendredi 12 juillet 2013

O LAVRADOR DA ARADA.




Vindo o lavrador da arada,
Encontrou um pobrezinho;
E o pobrezinho lhe disse:
-Leva-me no teu carrinho.

Deu-lhe a mão o lavrador,
E no seu carro o metia;
Levou-o para sua casa,
Para melhor sala que tinha.

Mandou-lhe fazer a ceia,
Do melhor manjar que havia;
Sentou-o à sua mesa,
Mas o pobre não comia.

As lágrimas eram tantas,
Que pela mesa corriam;
Os suspiros eram tantos,
Que até a mesa tremia.

Mandou-lhe fazer acama,
Da melhor roupa que tinha:
Por cima damasco roxo,
Por baixo cambraia fina.

Lá pela noite adiante,
O pobrezinho gemia:
Levantou-se o lavrador,
A ver o que o pobre tinha.

Deu-lhe o coração um baque;
Como ele não ficaria!
Achou-o crucificado,
Numa cruz de prata fina.

Meu Senhor, se eu tal soubera,
Que em minha casa vos tinha,
Mandara fazer preparos
Do melhor que encontraria.

Cala, cala  o lavrador,
Não fales com fantasia,
No céu te tenho guardados
Cadeira de prata fina,
Tua mulher a teu lado,
Que também o merecia.

(viagens pelos livros escolares. Com a devida vénia).


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