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mercredi 5 juin 2013

ELES LEVAM TUDO.



Tudo é desconcertante
E o aparente vazio
Embora seja Primavera
Os pobres têm mais frio.

O vazio é brutal
Na sua governação
E um autêntico carnaval
O Pais esta a leilão.

Eu vou dizendo então
Que há tanta crueldade
A revolta é necessária
Para acabar com a maldade.

E sem do nem piedade
Pelos mais desprotegidos
Os “vampiros” esvoaçam
Ouvem-se tantos gemidos.

Pensando que tudo podem
Pelos seus distribuir
Teremos nos muito gosto vê-los
Com suas malas partir.

Não dizendo isto a rir
E caso para pensar
Continuando “gamando”
Onde isto ira parar.

Pondo-me eu a olhar
Eu já vi tanta asneira
Todas as negociatas
Envergonham a Bandeira.

Traíram os seus heróis
Os seus feitos denegriram
Eu pergunto: qual é o seu pais?
As estrelas encobriram.

Há profundo distanciamento
Em relação à politica
Se eles não se emendam
Chovera imensa critica.

Organizar a resistência
E urgente e necessário
Quem a isto disser que não
Venha provar-me o contrario.

Neste tempo agonizante
Terá de haver alternativa
Com estes “gajos” assim
E melhor que vão para a estiva.

Fernando S. Leitão.



mardi 4 juin 2013

POEMA AS CRIANÇAS QUE NAO CHEGARAM A SÊ-LO.






As arvores apontam para o céu,
Indicando o Criador,
E preciso empenharmo-nos,
Para que no mundo haja mais amor.

O mundo seria diferente,
Se nele houvesse mais amor,
Devemos escutar com atenção,
O que diz o Criador.

Com o cuidado duma flor,
Deviam ser acarinhadas,
A falta disso condu-las,
A serem tão desprezadas.

Se às crianças do mundo,
Escutassem os seus ais,
Para eles o Mundo sorria,
E era risonho para seus pais.

A realidade é bem dura
Para as crianças e não só,
Muitos lobos da sociedade,
Pensam que nunca vêm a ser pó

Meninos esfomeados,
Todos deviam ter pão,
As pessoas esquecem-se,
Que Deus é nosso irmão.

Tantas são marginalizadas,
Sem um pouco de carinho,
E tão triste vermos isso,
E espinhoso o caminho!

Tantas são desprezadas,
Sem carinho de ninguém,
Todos os dias  de vida,
Não lhes valeu sua  mãe.

Crianças desamparadas,
Sem carinho de ninguém,
Pela rua esfarrapadas,
Andam sempre ao desdém.

Tanta falta fez sua mãe,
Ficaram desamparadas,
Seus narizes a pingar,
Suas roupas esfrangalhadas!..

Infelizes, abandonadas,
Com uma vida tão cruel,
Pela rua amarguradas,
Seu viver tem sido fel!..

A existência cruel,
Que as marca toda a vida,
Nunca tiveram amparo,
Não encontraram guarida.

Foi assim a sua vida,
Numa constante tormenta,
Sem pai, sem mãe, sem ninguém,
A vida assim quem aguenta???!!!

Fernando S. Leitão.






dimanche 2 juin 2013

Senhor dos Caminhos(A Carvalha.)






Caminhante peregrino
Cuida do teu caminhar
Senta-te a minha sombra
Para um pouco descansar.

Sou uma arvore frondosa
Da gosto para mim olhar
Tenho tronco, braços e ramos
Onde os pássaros vêm cantar.

Também dou lenha para aquecer
Em dias de invernar
Olha peregrino em redor
Trata-nos com algum cuidar.

As arvores deves amar
Foi um bem que Deus nos deu
Refrescando aqui um pouco
Mais parece estares no Céu.

De uma pequena semente
Aqui estou para agasalhar
O mundo sem a minha sombra
Era um calor de abrasar.

Não querendo mais maçar
Quero pedir-te um favor
Rectifica o caminhar
Semeia um pouco de amor.

Atenua alguma dor
Do amigo ao teu lado
Os peregrinos que somos
E este o nosso fado.

São quatro horas da manha
 A Carvalha quero cantar
Olho para ti tantas vezes
Que me apetece rezar.

Fernando S. Leitão.







Senhor dos Caminhos. (O Santuario.)




Nesta sagrada capela
Tanta gente vem rezar
Aliviar seu pesar
Não há palavras que cheguem
Para o alivio sentido
Neste sagrado lugar.

O meu Senhor dos Caminhos
Encaminha os meus passos
Não me deixando perder
Acerta o meu caminhar
Não me deixando cair
Não me deixando sofrer.

Encaminha meu pensar
Esclarece-me as ideias
Dá-me um pouco de alegria
Eu vou rezando as vezes
Olhando a tua torre
Pai-Nosso e Ave-Maria.

Ajuda-me e esclarece
A existência da minha alma
Se para mim um clarão
Na tua capela colocamos
Esse teu sagrado chão.

No talegre nos cortamos
Esses belos quadrados
Que estão no teu interior
O trabalho que fizemos
Eu quero dizer bem alto
Foi feito com muito amor.

Fernando S. Leitão.
Fachada principal do Santuario.
Os Apóstolos, em primeiro plano.
Anjo S. Gabriel.

Andores  no dia de festa: Fuga para o Egipto e Calvario.  
Senhor dos Passos e S.ra das Dores.
Fuga para o Egipto.
Ao longo dos anos, os soldados da região que participaram
nas diferentes guerras, desde a 1° G. Mundial à G. do Ultramar,
assim como os enfermos, imploravam o Sr. dos Caminhos.
S.LUCAS.
S MARCOS.
S. MATEUS.
S. JOAO. 


O Calvario. 
















Retalhos do passado I






Às voltinhas no  São Bento
Tanta gente ai brincava
Foi ao bicho, à barra e à bola
Que a gente ai se deliciava

Milagrosa  Santa  Luzia
Dos sem luz és Padroeira
É  um dos  grandes desejos
Eu parar à tua beira.

Senhora das sete espadas
Bem sabes o que são dores
Penso eu e também outros
Que o mundo não são só flores.

Nossa Senhora das Dores
Tem sete espadas ao peito
Soldado tem sete letras
Serviram do mesmo jeito.

E lá da tal capelinha
Contemplas a Paradaia
Com toda a sua beleza
Quaisquer ser penso que desmaia.

Vai até àquele penedo
Do Bairro alto chamado
Estas mais perto do Céu
Mais junto do Deus adorado.

Vira-te agora para a Lapa
Vai à Corga da Estrumeira
Da terra que de lá tiraram
Já há tão pouca lameira.

Andando até ao estádio
Para ai um bocadinho
Olha as paragens distantes
Talvez fiques pasmadinho.

Lá em baixo fica o Vouga
Aquele que vai até Aveiro
Junto a esse memo curso
Fica tanto e tanto lameiro.

Vai até à parede do gato
E podes jogar à choca
Se não queres andar com a pinha
Podes levar com a moca.

Fernando S. Leitão.

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Retalhos do passado. II




O laje do escorrega
Onde a roupa era rasgada
Era imensa a brincadeira
A que pode ser comparada?!

Da dois passos mais abaixo
Junto ao moinho do António da Fonte
Come ai um piquenique
E espera que eu te conte.

Esbaforidos vínhamos
Quando da parede do gato
Andar sempre ao pé delas
Era um tanto ou pouco chato.

Tal como fomos nascidos
Assim íamos para a agua
Sempre que eu penso nisso
Fica cá uma grande magoa!

E lá na poça do Corgo
Mesmo sem saber nadar
Sempre uns atrás dos outros 
Num constante chapinhar.

Uma passagem tão bela
Senta-te lá algum tempo
Leva boa companhia
Nunca mais esqueces o momento.

Penedo da Fontanheira
Tu és de grande beleza
De cima dele tu vias
A formosa natureza!

E do penedo da Estrela
Em amena cavaqueira
Os homens cortavam o feno
Lá em baixo junto à ribeira.

E tu do mocho chamado
Estas cheio de casinhas
Quem me dera ai brincar
Mesmo com os cabelos  branquinhos.

Mal um pouco de descuido
Estavam elas nos milheirais
Teu desabafo era sempre
Andares para ai aos ais.

Fomos tantos que ai andamos
Numa brincadeira sa
Mal se perdiam as vacas e ovelhas
Lá estava a mama.

Fernando S. Leitão.