Copyright (c). Tous droits réservés. Direitos reservados.

Obrigado pela sua visita.

lundi 2 septembre 2013

A RAINHA E A SUA ESCRAVA.




-A guerra, à guerra mourinhos!
Quero uma crista cativa!

Uns vão pelo mar abaixo,
Ouros pela terra acima.

Venha uma crista cativa
Que é para a nossa rainha.

Uns vão pele mar abaixo
Ouros pele terra acima.
Os que foram mar abaixo
Não encontraram cativa;
Tiveram melhor fortuna
Os que foram terra acima:
Deram com o conde flores
Que vinha da romaria;
Vinha lá de Santiago,
Santiago da Galiza.
Mataram o conde Flores,
E a condessa foi cativa,
A rainha mal que soube,
Ao caminho lhe saia:

Em boa hora venha a escrava,
Boa seja a sua vinda!
Aqui lhe entrego sestas chaves
Da despensa e da cozinha,
Que não me fio de mouras,
Não me dêem feitiçaria.

Aceito as chaves, senhora,
Por grande desdita minha...
Ontem condessa jurada,
Hoje moça de cozinha!
Duas irmãs que nos éramos,
Ambas de mouros cativas!

Diz-me tu minha escrava,
Tua irmã que nome tinha?
-Chamava-se Branca Rosa,
Branca Flor de Alexandria,
Foi cativada de mouros
Dia de Pascoa florida,
Andava apanhando rosas
Num rosal que meu pai tinha.

-Ai triste de mim coitada!

Ai triste de mim mofina!
Mandei buscar uma escrava,
E trazem-me uma irmã minha!

Deram beijos e abraços,
E uma à outra dizia:

-Quem se vira em Portugal,
Terra que Deus bendizia!

Juntaram muita riqueza
De ouro e pedraria;
Uma noite abençoada
Fugiram da Mouraria;
Foram ter à sua terra,
Terra de Santa Maria;
Meteram-se num mosteiro,
Ambas professam num dia.

Romance popular (adaptação)
( do antigo livro da 3° classe).



Aucun commentaire:

Enregistrer un commentaire